A instalação de uma unidade de beneficiamento de amêndoas de cacau no Pará foi o tema do encontro entre representantes da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) e da empresa Cargill, realizado nesta quinta-feira (5), na Secretaria. O empreendimento terá um prazo de cinco anos para ser executado, mas o governo acredita que pode antecipar esse cronograma.
Uma das maiores indústrias de alimentos do país, a Cargill já compra cacau paraense, cerca de 13 mil toneladas, mas o produto é processado na Bahia. Um dos pré-requisitos para a instalação da indústria é o aumento da produção de cacau no Pará, atualmente em torno de 38 mil toneladas.
Para viabilizar o funcionamento da indústria, o Pará precisaria produzir 60 mil toneladas, das quais 20 mil destinadas à unidade beneficiadora. O secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes, vai propor à Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) a criação de um programa de fomento à cultura para aumentar a produção de sementes, com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Cacau (Funcacau).
Mapeamento - O diretor da Unidade de Cacau e Chocolate da Cargill no Brasil, Laerte Moraes, destacou o interesse da empresa no mapeamento georreferenciado dos principais municípios produtores do Estado. As informações serão retiradas do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que registra e regulariza o ordenamento das propriedades no campo.
Quanto à infraestrutura de transporte para escoamento da produção será a mesma a ser montada para atender a construção da Hidrelétrica Belo Monte, na região da Transamazônica, onde está o principal polo produtor de cacau do Pará.
A Cargill está presente em 66 países e se instalou no Brasil em 1965, com sede em São Paulo. Hoje, tem unidades em 13 Estados brasileiros, empregando 6 mil pessoas. A Cargill atua, com produção e comercialização, nas áreas alimentícia, agrícola, financeira e industrial.
Leni Sampaio - ASCOM
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