Sete anos após ter publicado uma pesquisa histórica sobre a existência de trabalho escravo na cadeia produtiva do aço, o Instituto Observatório Social volta ao Pólo de Carajás, no Pará e mostra como siderúrgicas se beneficiam de processos predatórios para garantir o suprimento de carvão vegetal produzido com madeira retirada de preservação ambiental.
A cadeia produtiva do ferro-gusa no Pará é uma das que mais agride o meio ambiente. Estima-se que são desmatados, por ano, até cinco milhões de metros cúbicos de florestas nativas no estado para produção de carvão vegetal.
A produção de uma tonelada de ferro-gusa requer 875 kg de carvão vegetal. Para se chegar a essa quantidade, são necessários 2,6 mil kg de madeira seca (que, em média, tem uma densidade de 360 kg/m³ em matas nativas). Ou seja, esta matéria-prima exige o desmatamento de uma área de pelo menos 600 metros quadrados.
A produção de uma tonelada de ferro-gusa requer 875 kg de carvão vegetal. Para se chegar a essa quantidade, são necessários 2,6 mil kg de madeira seca (que, em média, tem uma densidade de 360 kg/m³ em matas nativas). Ou seja, esta matéria-prima exige o desmatamento de uma área de pelo menos 600 metros quadrados.
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